Agatha Christie dispensa
comentários, sendo a mais famosa escritora de romances policiais de todos os
tempos. Criadora de personagens fantásticos e queridos como o excêntrico detetive belga
Hercule Poirot e a bondosa e avoada Miss Marple, Christie conta com milhões de
leitores em todo o mundo, com obras traduzidas para dezenas de idiomas.
Não que ela tenha criado o
gênero, mas indiscutivelmente foi uma mestre no mesmo, além de ter uma
habilidade impressionante para a narrativa descritiva. Seus personagens não se
limitam a ações, o leitor é brindado com um traçado de suas personalidades e
dramas internos, tanto quanto suas características físicas e maneirismos.
Outro ponto inquestionável é
que embora se trate de um gênero policial, Agatha privilegia o suspense e a
investigação, inserindo na história muito mais mistério do que sangue e perversidade. Sem
contar a leveza e o bom-humor com que os casos são relatados - e solucionados.
Em Os elefantes não esquecem,
obra publicada já nos anos 70, boa parte dos recursos que utilizou em suas
dezenas de livros está presente. Há um crime, um dos personagens é lançado
quase que por acaso na história, sendo levado a procurar ajuda de um detetive
ou policial. Há uma informação relevante que passou despercebida por (quase) todos e
há um drama oculto por trás da mesma, até que chegamos à solução do mistério.
No entanto para leitores
fieis de Agatha Christie, este não é, nem sombra de suas melhores obras. Quase
que dá para desvendar o caso antes de chegar ao meio do livro e o motivo para o
assassinato deixa (muito) a desejar. Porém, vamos aos fatos.
Desta vez, Agatha parece se inspirar em si mesma para compor o personagem lançado na cena do crime. Trata-se da Sra. Ariadne Oliver, uma famosa escritora de romances policiais, que, avessa a reuniões sociais e festas, comparece a contragosto a um almoço com outros autores. Lá ela é abordada por uma senhora impertinente, Mrs Burton-Cox, que lhe questiona a respeito de um duplo suicídio ocorrido anos atrás com um casal conhecido da escritora.
Apesar de contrariada, o questionamento da sra. B. deixou-a muito intrigada, e ela decide pedir ajuda a um antigo amigo, o detetive Hercule Poirot.
Logo saberemos que o casal supostamente suicida tinha uma filha que era afilhada de Oliver, embora não se vissem há anos. E o motivo pelo qual a tal senhora B questionara o caso é que o filho dela estava noivo e pretendia casar-se com essa moça. Um motivo nada relevante, diga-se de passagem.
Desta vez, Agatha parece se inspirar em si mesma para compor o personagem lançado na cena do crime. Trata-se da Sra. Ariadne Oliver, uma famosa escritora de romances policiais, que, avessa a reuniões sociais e festas, comparece a contragosto a um almoço com outros autores. Lá ela é abordada por uma senhora impertinente, Mrs Burton-Cox, que lhe questiona a respeito de um duplo suicídio ocorrido anos atrás com um casal conhecido da escritora.
Apesar de contrariada, o questionamento da sra. B. deixou-a muito intrigada, e ela decide pedir ajuda a um antigo amigo, o detetive Hercule Poirot.
Logo saberemos que o casal supostamente suicida tinha uma filha que era afilhada de Oliver, embora não se vissem há anos. E o motivo pelo qual a tal senhora B questionara o caso é que o filho dela estava noivo e pretendia casar-se com essa moça. Um motivo nada relevante, diga-se de passagem.
Daí em diante, Oliver irá ficar ainda mais curiosa e, junto
com o amigo Poirot, fará suas próprias investigações, contactando antigos
criados do casal morto e retornando à propriedade onde as mortes aconteceram. Como
espera que as pessoas envolvidas no caso tenham lembranças que possam trazer à
tona a verdade do caso, Sra Oliver costuma chama-los de “meus elefantes”. Afinal, como diz a sabedoria popular, “os elefantes nunca esquecem”.
Depois de algumas idas e vindas, o caso é esclarecido pelo detetive de forma um tanto decepcionante, pois, como já foi dito antes, trata-se de uma história fraca e pouco consistente (ou convincente) para os padrões da genial mestre do suspense, Agatha Christie.
Depois de algumas idas e vindas, o caso é esclarecido pelo detetive de forma um tanto decepcionante, pois, como já foi dito antes, trata-se de uma história fraca e pouco consistente (ou convincente) para os padrões da genial mestre do suspense, Agatha Christie.
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