Publicado, em 1928, Orlando é uma biografia fictícia,
de um nobre inglês nascido no século XVI que tem o dom da imortalidade e
atravessa o tempo até chegar aos anos 20 do século XX.
O protagonista idealizado por Virginia Woolf é um
nobre e belo rapaz inglês da Idade Moderna que desperta após um sono de
sete dias e descobre que tornou-se mulher. Esta mudança parece perturbá-la apenas
no regresso à terra natal, quando Lady Orlando compreende as
contingências dos dois sexos.
Inspirado em uma mulher por quem a autora alimentava um amor
obsessivo, Orlando é retratado como um ser humano imortal, leal, corajoso,
inocente e puro. Tão perfeito que não poderia ser real.
Essa temática inusitada faz da obra uma leitura
cativante, abrindo espaço para Virginia fazer suas reflexões – muitas
delas bem-humoradas – a respeito das características dos dois sexos.
Acompanhando os 350 anos de vida do personagem, desde o nascimento em 1600 até 11 de outubro de 1928, o livro descreve as mudanças do mundo e da humanidade ao longo dos séculos, servindo de espaço também para reflexões da autora sobre os limites da consciência humana e o efeito do tempo no Homem.
Acompanhando os 350 anos de vida do personagem, desde o nascimento em 1600 até 11 de outubro de 1928, o livro descreve as mudanças do mundo e da humanidade ao longo dos séculos, servindo de espaço também para reflexões da autora sobre os limites da consciência humana e o efeito do tempo no Homem.
O inusitado de Orlando é que sendo imortal ele pode viver várias vidas
num único corpo, partilhando de experiências que nenhum outro ser conseguiria.
Depois de uma relação com o Conde romeno, que inclui episódios
divertidos, Orlando, já na maturidade, encontra aquilo que mais procura: o
amor, nos braços do misterioso Shelmerdine, que lhe dará um filho, sabedoria e
felicidade.
Obra mais famosa de Virginia Woolf, Orlando traz momentos de humor e
poesia, fazendo com que o leitor se apaixone pelo personagem à medida em que
ele/ela amadurece.
Tendo grande aceitação quando de sua publicação na Inglaterra e nos
EUA, a obra atraiu discussões e reflexões entre as feministas, que a
consideravam uma apologia da igualdade entre os sexos ou mesmo uma
superioridade do sexo feminino.
Aliás o livro é todo um elogio à natureza sábia da mulher. Para Virginia
Woolf, no entanto, Orlando nada mais era do que uma "imensa carta de
amor".
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