terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Livro 43: Esaú e Jacó (Machado de Assis)

Penúltimo romance de Machado de Assis, foi publicado em 1904. O título foi extraído da bíblia, em referência ao Gênesis, da Bíblia, onde Rebeca privilegia o filho Jacó, em detrimento do outro filho, Esaú.
O romance, narrado em terceira pessoa pelo Conselheiro Aires, traça um painel do panorama político da época, a queda da monarquia e proclamação da república. É através da história dos  gêmeos, Pedro e Paulo, rivais desde a gestação, que Machado expõe sua visão tanto de um quanto de outro regime.

Filhos de Natividade e Agostinho Santos, os irmãos possuem temperamentos diversos e são rivais em tudo. Desde o ventre, já brigavam e antes de nascerem uma adivinha fizera a previsão de que seriam inimigos a vida toda. Enquanto Paulo é impulsivo e apaixonado, Pedro é metódico e dissimulado. Adultos, Paulo torna-se bacharel em Direito e Pedro se forma em Medicina. Nesta fase, a maior de suas divergências passa a ser a Política. Paulo é republicano e Pedro, monarquista. A discórdia dos gêmeos chega ao terreno amoroso, quando ambos disputam a mesma moça, Flora. Avessa  a festas, de temperamento passivo, Flora não consegue escolher com qual dos moços ficar. Aires então aconselha-lhes dar um tempo, para que a moça se decidisse. Aquele a quem ela escolhesse deveria respeitar e se afastar. Flora, porém, “dormia amando Paulo e acordava querendo Pedro.” Assim será até sua morte precoce. No enterro da moça, os dois juram reconciliação, que dura pouco tempo, pois as divergências políticas o separam definitivamente. Pedro e Paulo tornam-se deputados, cada qual pelo seu partido. Cumpre-se a previsão: seriam inimigos para sempre.

Frases

“Quando a sorte ri, toda a natureza ri também, e o coração ri como tudo o mais”.

“O coração é o abismo dos abismos”.

“A mentira é alguma vez, meia virtude”.



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